Mesmo ainda dominadas por homens,
as carreiras da área de exatas estão contando cada vez mais com mulheres
preenchendo suas vagas. Resultado de uma mudança social que vem se consolidando
desde a Segunda Revolução Industrial, quando a mão de obra feminina foi
incorporada em massa no setor industrial, na virada do século XIX para o século
XX.
Atualmente, o que se vê são
mulheres que têm demonstrado interesse em estarem mais preparadas para o
mercado de trabalho, com disposição para ocupar cargos em todas as áreas. De
olho nos dados de pesquisas realizadas por diversos institutos, até o governo
federal se pronuncia evidenciando e estimulando esse movimento social.
“Queremos que a mão de obra
feminina seja tão reconhecida como a masculina. Falta muito ainda, mas vamos
conseguir. Muitas mulheres não entram para a construção civil por medo de
sofrer preconceito, mas já demos um passo muito grande no sentido de romper o
preconceito tanto por parte dos trabalhadores quanto dos empregadores",
disse a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora
Menicucci, em evento do governo de lançamento de cursos do Pronatec (Programa
Nacional de Acesso Técnico e Emprego), no início do mês março, em Minas Gerais.
O mesmo dado é observado nas
estatísticas de participantes interessadas em uma vaga no ITA, no Exame
Vestibular 2013. Os que optaram por uma carreira militar chegaram a 2.496,
deste total, 1.679 eram candidatas mulheres, um número que representa 23% do
total de inscritos no exame.
O vestibular do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA) é um dos mais concorridos do país. A aprovação
feminina ainda é pequena, um dado que está diretamente ligado ao número de
mulheres que fazem as provas, que mesmo aumentando, ainda é pequeno. Apenas 8%
dos alunos do instituto atualmente são mulheres.
Para Gabriele Campos, de 19 anos,
aluna do SEI a concorrer para uma vaga no ITA, esse cenário se deve
“principalmente porque a área militar ainda é ignorada pela grande maioria das
mulheres, que também não possuem uma predileção pelas carreiras de engenharia”.
“Acredito que esse aspecto está
mudando, as mulheres estão querendo conquistar os mesmos espaços. No meu caso
estou me preparando para isso e escolhi estudar no SEI por indicação de amigos
que estudaram aqui no ano passado e fizeram grandes elogios à qualidade do
ensino. Para passar para o IME ou ITA não precisa ser gênio, precisa de estudo,
foco e força de vontade”, defende Gabriele.
A diferença no número de
candidatos inscritos por sexo ainda é muito grande, mas os resultados mostram
que as mulheres estão, realmente, dispostas a não abrir mão dos seus direitos e
querem conquistar os mesmos postos de trabalho que os homens. Desde corporações
publicas até as privadas, já se observam mulheres de carreira ocupando as
presidências de empresas brasileiras que são referência até no exterior.
Matheus Souza, de 17 anos, que
está cursando o SEI, com o objetivo de disputar uma vaga no IME e no ITA,
defende que essa mudança no estilo de vida social inseriu com mais força as
mulheres no mercado de trabalho: “Hoje em dia não é mais tão comum ter mulheres
cuidando da casa ou dos filhos”, defende ele que escolheu o SEI “pelo ambiente
familiar, com professores atenciosos, aspectos que contribuem para fazer a
diferença”.