“O IME é muito maior do que pensamos que
ele realmente é quando ainda somos estudantes, disputando por uma vaga. As
salas de aula e os laboratórios são ímpares, temos contato com esse cenário
desde o primeiro ano, com possibilidade de fazermos experimentos físicos. O
convívio nos alojamentos, com pessoas de todo o território nacional, também
amplia nosso conhecimento geral sobre a vida por conta de tantas diferenças
culturais. Nesse momento, temos a oportunidade de enxergar que cada um que está
ali tem algo parecido com você, seja em relação aos estudos seja na forma de
pensar na vida.”
O relato acima é de João Felipe Aguiar
Guimarães, que aos 19 anos cursa o IME com a certeza de que quer seguir
carreira no Exército Brasileiro, “para contribuir com o avanço da ciência e da
tecnologia em nosso país”, explica ele com a mesma convicção que o guiou ao
longo dos anos de estudo, um período de grande dedicação de toda sua família
para que ele pudesse conquistar esse sonho.
Morador da Ilha do Governador, João
estudou no Colégio Paranapuã ao longo de 2010, o mesmo ano em que tentou sua
primeira vaga no IME, foi nessa oportunidade em que conheceu o SEI: “Um dos
diretores do SEI estava na prova do IME fazendo uma apresentação do curso, foi
determinante para a minha decisão de fazer o curso tudo o que ele mostrou como
diferencial”, lembra o estudante sobre o que o SEI oferecia em relação aos
outros cursos que ele já havia pesquisado.
Até aí, João já tinha passado por muitas
dificuldades, muitas vezes inerentes ao processo, mas a parte mais densa ainda
estava por vir. Filho de uma família humilde, do subúrbio do Rio de Janeiro, o
dinheiro que seria necessário investir nesse novo projeto não sobrava, ao final
das contas familiar. O afinco com que o aluno sempre se dedicou aos estudos e
os resultados que ele sempre conquistou, foram definitivos para que todos os
envolvidos na história mobilizam-se com ele, para que pudesse dar mais esse
passo.
João foi aprovado para uma bolsa no SEI,
para as turmas IME/ITA, mesmo assim não seria o suficiente, o dinheiro não
dava. Foi quando a mãe de João, Helena Cristina, buscou uma oportunidade de
trabalho no curso e conseguiu. Com toda a família reunida em busca de um mesmo
ideal puderam proporcionar ao João essa oportunidade.
Seria um momento difícil não só pelos
estudos, com uma rotina diária puxada, mas pelo próprio lado emocional de toda
a situação, já que João tinha aberto mão das vagas obtidas no vestibular daquele
ano. Ele havia passado nas universidades federais e estaduais, e tinha
garantido uma bolsa de estudos na PUC-RJ.
Não seria um ano fácil, todos sabiam,
inclusive os professores que tiveram uma participação especial e determinante
nas conquistas que estariam por vir: “Uma vez o João ficou desanimado, era por
volta de outubro ou setembro. Estava nítido que o cansaço, a exaustão estavam
contagiando meu filho, porque nessa época ele estudava de domingo a domingo. No
domingo ele só não estudava das 15h às 21h pra poder descansar. Percebi que ele
precisava de ajuda e pedi para um dos diretores conversar com ele. Vimos o
resultado da conversa quando veio o simulado: ele foi o 2º colocado na
classificação geral. Foi a verdadeira prova de superação! Foi uma guinada na
vida dele", lembra Helena, quando enfatiza a importância do envolvimento
de todo o quadro de professores do curso, que se dedica não só ao cronograma de
estudos, mas dando o verdadeiro apoio que o aluno precisa ao longo de todo o
processo.
E as conquistas vieram: “Passar no
vestibular do IME é uma mistura de sensações. O ambiente em que é lido o
resultado, no auditório do IME, proporciona um clima de tensão, o ar fica
pesado, pois todos que estão ali estudaram o ano inteiro para a prova assim
como você. A cada nome que aparece o coração vai batendo mais rápido, até que
finalmente vem o seu nome no telão. Nesse momento fui tomado por uma sensação
imensurável de felicidade, acompanhada da sensação de dever cumprido. Comemorar
isso com a minha família e com meus amigos, que estavam comigo lá, foi melhor
ainda”.
Muitas pessoas não precisam viver a
metade dos sacrifícios ou passar por nenhuma das dificuldades financeiras de
João, e de sua família, para realizar seus sonhos. Ainda assim, a conquista
deles não será necessariamente fácil. Porque, simplesmente, existem as
dificuldades do caminho, próprios do processo de estudo e de provas, que muitas
vezes abate os alunos. Mas João, hoje, sabe o quanto toda sua dedicação foi
recompensada e como cada um dos alunos que se dedica para conquistar uma
oportunidade como essa têm toda possibilidade.
“Você que vai tentar uma vaga no IME/ITA
já demonstrou que tem coragem para fazer a prova mais difícil do país. Mantenha
esse foco e essa determinação ao longo do ano e durante a prova! Durante todo o
curso, aprendi que por mais difícil e distante que um objetivo pareça, com
trabalho duro, disciplina e determinação o objetivo pode ser alcançado.
Momentos difíceis virão, passar por eles é que te ensina a não desistir”, são
essas as palavras deste vencedor que ainda tem um caminho inteiro pela frente,
com novos desafios, para os quais ele sempre estará se preparando para vencer.”
Parabéns para o João!! Com certeza é o sucesso já está garantido!!
ResponderExcluirParabéns a mamãe Helena Cristina pelo exemplo de força e determinação!!!
SEI q a vitória é dos que acreditam nela e correm atrás!!!
'Nenhuma grande vitória é possível sem que tenha sido precedida de pequenas vitórias sobre nós mesmos.'Parabéns a essa família de guerreiros,que unida venceu cada dificuldade e empecilho, dia após dia sem perder a fé ,em nenhum momento, uns nos outros.É mais do que gratificante pode ter o prazer de conhecer essa história e os protagonistas dela.Agradeço muito a Tia Cris e ao João por todo apoio e toda diferença que fazem em nossas vidas ,todos os dias, lá no SEI. A Tia Cris com todo o carinho que nos recebe, e a João por dividir com tão boa vontade e seriedade sua sabedoria.Enfim, Parabéns pela vitória mais do que merecida e obrigada pelo exemplo de força e determinação!
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