sexta-feira, 12 de abril de 2013

Mulheres nas escolas militares



Mesmo ainda dominadas por homens, as carreiras da área de exatas estão contando cada vez mais com mulheres preenchendo suas vagas. Resultado de uma mudança social que vem se consolidando desde a Segunda Revolução Industrial, quando a mão de obra feminina foi incorporada em massa no setor industrial, na virada do século XIX para o século XX.
Atualmente, o que se vê são mulheres que têm demonstrado interesse em estarem mais preparadas para o mercado de trabalho, com disposição para ocupar cargos em todas as áreas. De olho nos dados de pesquisas realizadas por diversos institutos, até o governo federal se pronuncia evidenciando e estimulando esse movimento social.
“Queremos que a mão de obra feminina seja tão reconhecida como a masculina. Falta muito ainda, mas vamos conseguir. Muitas mulheres não entram para a construção civil por medo de sofrer preconceito, mas já demos um passo muito grande no sentido de romper o preconceito tanto por parte dos trabalhadores quanto dos empregadores", disse a ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, em evento do governo de lançamento de cursos do Pronatec (Programa Nacional de Acesso Técnico e Emprego), no início do mês março, em Minas Gerais.
O mesmo dado é observado nas estatísticas de participantes interessadas em uma vaga no ITA, no Exame Vestibular 2013. Os que optaram por uma carreira militar chegaram a 2.496, deste total, 1.679 eram candidatas mulheres, um número que representa 23% do total de inscritos no exame.
O vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) é um dos mais concorridos do país. A aprovação feminina ainda é pequena, um dado que está diretamente ligado ao número de mulheres que fazem as provas, que mesmo aumentando, ainda é pequeno. Apenas 8% dos alunos do instituto atualmente são mulheres.
Para Gabriele Campos, de 19 anos, aluna do SEI a concorrer para uma vaga no ITA, esse cenário se deve “principalmente porque a área militar ainda é ignorada pela grande maioria das mulheres, que também não possuem uma predileção pelas carreiras de engenharia”.
“Acredito que esse aspecto está mudando, as mulheres estão querendo conquistar os mesmos espaços. No meu caso estou me preparando para isso e escolhi estudar no SEI por indicação de amigos que estudaram aqui no ano passado e fizeram grandes elogios à qualidade do ensino. Para passar para o IME ou ITA não precisa ser gênio, precisa de estudo, foco e força de vontade”, defende Gabriele.
A diferença no número de candidatos inscritos por sexo ainda é muito grande, mas os resultados mostram que as mulheres estão, realmente, dispostas a não abrir mão dos seus direitos e querem conquistar os mesmos postos de trabalho que os homens. Desde corporações publicas até as privadas, já se observam mulheres de carreira ocupando as presidências de empresas brasileiras que são referência até no exterior.
Matheus Souza, de 17 anos, que está cursando o SEI, com o objetivo de disputar uma vaga no IME e no ITA, defende que essa mudança no estilo de vida social inseriu com mais força as mulheres no mercado de trabalho: “Hoje em dia não é mais tão comum ter mulheres cuidando da casa ou dos filhos”, defende ele que escolheu o SEI “pelo ambiente familiar, com professores atenciosos, aspectos que contribuem para fazer a diferença”. 

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